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segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Street Photography - Avenida Paulista


Esta foto mostra, na minha opinião, um dos pontos mais interessantes da vista proporcionada pela cobertura do SESC Paulista. Aproveitei para exercitar um pouco minha Street Photography.

SESC Av. Paulista
Vista proporcionada pelo SESC da Av. Paulista

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Avenida Paulista e a lua


Me deparei com esta cena em um dos meus passeios pela Av. Paulista (São Paulo/Brasil) e fotografei sem nenhuma pretensão, apenas aproveitei o momento. Cada vez mais acredito nisto, que a felicidade é construída de pequenos momentos como este. E nós temos a missão de ficar atentos e aproveitar.

Prédio da Grazeta - Av. Paulista (São Paulo / Brasil)
Prédio da Grazeta - Av. Paulista (São Paulo / Brasil)




quarta-feira, 28 de junho de 2017

Passeios de bike por São Paulo

Vista da passarela que liga a Ciclovia Marginal ao Parque do Povo

Envelheço e com o tempo vou constatando que a vida é cíclica. Tem altos e baixos, alegrias e tristezas e também resgate de velhos prazeres.

Um dos prazeres antigos que estou redescobrindo é minha paixão por bicicletas. Andei por muitas trilhas nos anos 1990 e fazia alguns passeios mais fortes nas pistas da Marginal Pinheiros até a Cidade Universitária da USP, no meio dos carros e sem muito juízo.

Hoje redescubro este prazer com a ciclovias e ciclofaixas que foram instaladas em São Paulo. Confesso que nunca fui muito fã do ex-prefeito Fernando Haddad, mas até acho que a iniciativa seria boa se fosse melhor planejada e executada.

Estes passeios tem me mostrado a cidade por outra perspectiva. Passar por ruas, avenidas e locais turísticos em baixa velocidade e sem o atropelo cotidiano nos permite curtir detalhes que passaram desapercebidos durante anos.

O mapa abaixo mostra um dos trajetos que fiz, passando por vários locais bacanas da cidade.

Trajeto do passeio registrado pelo aplicativo Strava
Trajeto do passeio registrado pelo aplicativo Strava
E na sequência apresento algumas fotos da minha companheira destes passeios, uma Caloi 10 dos anos 1980 que comprei e estou reformando aos poucos.

MASP - Museu de Arte de São Paulo / Av. Paulista
 
Monumento às Bandeiras - Parque do Ibirapuera

Lago da Chácara do Jóquei - Butantã
 
Minhocão (Elevado Pres. João Goulard)
 
Páteo do Colégio - Sé
Outros prazeres que estes passeios me proporcionam são os pastéis que já experimentei nas feiras ao lado do Parque do Ibirapuera (sábados), feira da Av. Nova Faria Lima (domingos) e feira da Al. Santos (domingos). Também é muito bom curtir as barraquinhas de água de coco que ficam espalhadas pelas ciclofaixas aos domingos.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Felicidade em uma pizza

Faz um tempo que não posto nenhuma viajada na maionese, mas não consegui ficar sem escrever sobre a cena que vi.

Estava voltando do trabalho e já era quase meia-noite quando vi alguns vultos andando pela calçada. 

É um chavão, mas estranhamente consegui ver seus rostos quando passei por eles e identificar os sorrisos alegres. Era um homem carregando uma pizza com três crianças em volta, marchando de volta para casa. 

Se ricos ou pobres, não me importa. O que me importa é a lembrança da cena de felicidade que tive a sorte de compartilhar por alguns segundos. De vez em quando relembro destes sorrisos e sorrio também.

Procuramos a felicidade em bens materiais caros, em conversas que nunca ocorrem, em muitas coisas complicadas, mas nestes momentos me pergunto se a felicidade não está nas coisas simples da vida. Será que ela não está atrás de um "bom dia", de um sorriso, escondida em um abraço sincero ou até mesmo em um pedaço de pizza compartilhado com os filhos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Estradas dos Romeiros - São Paulo

Ouvi falar sobre a Estradas dos Romeiros em 2010, quando comecei a andar de motocicleta, mas nunca tive a oportunidade de rodar por ela em duas rodas. 

Durante o último feriado de 7 de setembro resolvi procurar algum lugar que sirva café da manhã rural e me deparei com a indicação de um local chamado Fazendo do Chocolate. 

Liguei o GPS, segui o caminho recomendado e passei por uma espécie de portal com a indicação Estrada do Parque (nome atual da Estrada dos Romeiros) e nem desconfiei que finalmente estava aproveitando a paisagem da famosa estradinha.

Existe um rio que corre paralelo a estrada e que proporciona uma agradável paisagem, mas de repente começamos a deparar com blocos de espuma densa, indicando que as coisas não estão tão bem quanto a paisagem sugere.

Logo percebemos que existe uma usina hidrelétrica que provoca muita espuma com a queda d'água, criando uma espécie de crosta de espuma densa que cobre o rio a jusante.

Espuma provocada pela usina hidrelétrica da Estrada dos Romeiros - Itú - Cabreúva
Espuma gerada pela poluição na usina hidrelétrica que recebe as águas do Rio Tietê
Espuma do Rio Tietê na Estrada dos Romeiros
A espuma densa que cobre esta parte do Rio Tietê

Realmente é triste ver uma região tão bonita com estes problemas provocados pela poluição. A visão destes icebergs de espuma são de entristecer. Navegando pela Internet é possível ver que este assunto já foi abordado várias vezes pela imprensa e por cidadãos comuns a muito tempo mas parece que nada mudou. Fica aqui mais um registro deste cenário triste e a esperança de que algo seja feito no futuro.

Para não deixar este post acabar de forma melancólica, segue mais uma foto de uma pequena cachoeira da região para evidenciar o potencial turístico mal aproveitado da região.


Estrada dos Romeiros - Pequena cachoeira encravada na região
Pequena cachoeira da região

Estrada dos Romeiros - Vista do Rio Tietê
Vista do Rio Tietê

Estrada dos Romeiros - Vista do Rio Tietê
Vista do Rio Tietê


Para saber mais

Estrada do Parque (último acesso em 15/09/2016)





quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Parque do Varvito - Itu (SP)

A cidade de Itu

Este foi mais um passeio que resolvi fazer sozinho, tentando me reencontrar com a natureza e com a minha própria essência. E confesso que a tranquilidade do parque e a cidade de Itu proporcionam o lugar ideal para isso. O centrinho de Itu oferece uma agradável praça central para caminhar e procurar locais para fazer uma boa refeição. Minha primeira tentativa foi no famoso Bar do Alemão, mas o tempo de espera e os preços me desencorajaram. Acabei almoçando em um local super simples, mas agradável. As ruas do centrinho são bem agradáveis, no estilo colonial e com surpresas interessantes como o mural que fotografei e postei abaixo.

Mural de uma das pequenas ruas de Itu

Também aproveitei para tomar um café e aproveitar um brownie muito bom em um simpático café localizado na praça.

Interior do simpático café localizado no praça central
Também existem algumas lojas de lembrancinhas locais, tentando ir na carona na antiga fama de que as coisas da cidade são grandes, mas confesso que acho isto desnecessário e nem entrei nestas lojas. A cidade tem coisas muito mais interessantes do que esta fama representada pelo orelhão e o semáforo gigante que ficam no centrinho.

Parque do Varvito
 
Antes de começarmos a falar sobre o parque, vamos entender o que é varvito. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, CPRM, o varvito é uma rocha sedimentar formada pelo acúmulo de sedimentos depositados num lago próxima a uma geleira. De uma forma simplificada, podemos dizer que esta formação é formada por camadas bem definidas que são criadas a cada verão, onde o calor faz o gelo derreter e carregar os sedimentos para o fundo do lago.

 
Camadas que formam o varvito no Parque do Varvito em Itu
Camadas de sedimentos que formam o varvito
O Parque é formado por um pequeno complexo bem cuidado e agradável com pistas para caminhadas, bancos para aproveitar a natureza e banheiros bem cuidados.


O principal paredão de varvito do parque
O paredão principal do parque também tem uma espécie de arquibancada onde os visitantes podem descansar e conversar para aproveitar a vista. Não sei se este espaço serve para algum tipo de evento, mas me pareceu um bom local para um show de rock.

Vista geral do paredão de varvito e a arquibancada
A seguir postamos mais algumas imagens dos paredões de varvitos que compõe o parque. Fica a dica de uma passeio diferente e interessante.
 
Parque do Varvito - Itu - Detalhe do paredão de varvito
Paredão de varvito


Parque do Varvito - Itu - Paredão de varvito principal
Vista geral do principal paredão de varvito do parque

Parque do Varvito - Itu - Varvito em Preto e Branco
Minha visão fotográfica do varvito

Mais informações
 
Serviço Geológico do Brasil - Varvitos [útimo acesso em 31/08/2016]

Parque Geológico do Varvito (Itu) [último acesso em 31/08/2016

 


Parque Geológico do Varvito

Rua Parque do Varvito - há 1.400m do Centro Histórico

Pq. Nossa Sra. da Candelária - Itu / SP
Fone: (11) 4023-1502 / 4022-2181
Horário de Funcionamento: de terça à domingo, das 8 às 16:30.
Entrada gratuita.
 

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Uma bicicleta na beira da praia...

Uma bicicleta estacionada na beira da praia, nada mais que isso. Não é nenhum sinal e nem mensagem cifrada, apenas uma cena que decidi registrar. 


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Festival de Inverno de Paranapiacaba


Paranapiacaba - Galpão ferroviário
Galpão Ferroviário de Paranapiacaba


O dia é 31 de julho de 2016 e, por circunstâncias da vida, resolvi fazer sozinho um passeio que sempre desejei, mas que nunca dava certo. Nada de fabulosas viagens a lugares exóticos ou países cheio de riquezas culturais da Europa ou Ásia, mas um simples passeio a Vila Ferroviária de Paranapiacaba, um distrito do município de Santo André que fica próxima de São Paulo.

Entrei no carro acompanhado apenas da minha câmera fotográfica, a trilha sonora do meu celular, Deus e segui pelos 85 quilômetros indicados pelo aplicativo Waze. O caminho é bem agradável e proporciona a sensação de uma viagem completa, nos tirando da costumeira paisagem urbana e cinzenta de São Paulo. Uma hora e dez minutos de viagem e encontro a estrada congestionada a 14 quilômetros do destino final. Chego a me preocupar com o trânsito, mas logo descubro que é uma barreira que nos obriga e entrar em um estacionamento pago (R$ 35,00 por carro) e seguir o resto da viagem em ônibus de turismo gratuito. Apesar do pequeno incomodo, ponto positivo para organização, evitando estresse para estacionar ao redor do pequeno vilarejo.

Tive uma ótima surpresa ao descer do ônibus e avistar a vila. Nas fotos abaixo é possível ter uma ideia da primeira vista que o visitante tem da vila ferroviária.

Paranapiacaba - Vista da vila ferroviária
Vista da vila ferroviária de Paranapiacaba

Paranapiacaba - Vista da passarela que liga a entrada da vila com o seu centrinho
Vista da passarela que liga a entrada da vila com o seu centrinho

Durante o passeio dediquei boa parte do meu tempo no Museu Ferroviário que está organizado dentro dos galpões de manutenção da vila. Também é possível ver vagões e locomotivas de diversas épocas estacionadas no pequeno complexo ferroviário.

Paranapiacaba - Vista de um dos galpões de manutenção e de um vagão dos anos 70
Vista de um dos galpões de manutenção e de um vagão dos anos 70

Paranapiacaba - vagão antigo em P&B
Um dos muitos vagões antigos espalhados pelo completo ferroviário

Paranapiacaba - Ferramentas antigas utilizadas na manutenção dos trens
Ferramentas antigas utilizadas na manutenção dos trens

Vila de Paranapiacaba - Vista das linhas do trem
Vista das linhas ferroviárias que passam pela vila
Parece que descobriram o potencial turístico da vila porque é possível ver que muitas construções antigas estão em processo de restauração. Também existem muitos pequenos restaurantes, a maioria no esquema de buffet com preço fixo e preços camaradas. Eu resolvi me aventurar no parque de truck food e almocei um hambúrguer caseiro, mas esqueci de registrar o nome. Estou pensando seriamente começar a catalogar os truck foods que experimento neste blog, mas isto vai ser assunto para outro post.

Vila de Paranapiacaba - Construções típicas
Vista das construções de Paranapiacaba

A minha conclusão sobre este passeio é que a vila é um ótimo programa para almas solitárias, como foi o meu caso, onde é possível ter um contato com a natureza, com o passado e com o nosso próprio ser. Para quem prefere passear acompanhado de amigos e familiares o programa também é ótimo. Só alerto para ter um pouco de paciência na época da temporada porque fiquei aproximadamente uns trinta minutos na fila para pegar o ônibus da volta, mas a espera é uma ótima oportunidade para jogar conversa fora com suas companhias ou com você mesmo. Fora da temporada parece que é possível chegar de carro na entrada da vila e estacionar.






segunda-feira, 5 de agosto de 2013

I Don't Wanna Dance by Lady Linn

Sempre gostei de versões acústicas de músicas como Umbrella (Marie Digby) e agora achei mais uma para coleção. I Don't Wanna Dance com Lady Linn.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

"O Caçador de Pipas" e o Afeganistão

Estou lendo o livro "O caçador de pipas" e confesso que estou impressionado com a ambientação da história. Apesar do livro não ser mais novidade, não vou contar toda a história para não estragar a leitura de quem ainda não leu.

Só queria comentar que estou gostando muito de ler sobre a vida da sociedade mais abastada do Afeganistão, na era pré Talibã. Para pessoas, como eu, que nunca haviam ouvido falar do Afeganistão e do Talibã, antes do dia 11 de setembro de 2001, dia daquele atentado terrorista que parou o mundo, é estranho imaginar que aquele país já teve pessoas que tomavam cola-cola, assistiam filmes de cowboy e andavam de Mustang.

Tudo bem que deveria existir um abismo muito grande entre ricos e pobres, o que sempre fomenta o surgimento de grupos radicais como o Talibã. E até arrisco a "chutar" que o fascínio das classes mais abastadas pela cultura americana pode ter sido uma das sementes do antiamericanismo que reina por ali.

Na parte culinária, fiquei com vontade de experimentar o tal de pão "naan"...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Minhas lembranças me aprontam cada uma

Ontem eu entrei em um restaurante e dei de cara com dois amigos que eu não via a mais de quinze anos. Eu me lembrava claramente de suas fisionomias, mas não me lembrava de seus nomes.

Ainda bem que o esquecimento foi mútuo e passamos pelos tradicionais 30 segundos de constrangimento, onde um tentava lembrar o nome do outro até não conseguir mais fingir, ter que admitir e perguntar: "Como você se chama mesmo?".

Passado o constrangimento, começamos a relembrar os dias de convivência que estavam esquecidos no passado. Foi quando me deu uma crise de risos que me exigiu muito esforço para ser contida.

Do nada, eu me lembrei que um deles foi meu companheiro de baseball. Lembrei de uma jogada, em que o adversário deu uma rebatida forte e a bola estava para encobrir o meu amigo.
Ele, num momento de grande esforço olímpico, pulou com todas as forças e conseguiu interceptar a bola no ar e eliminar o nosso adversário. Seria uma jogada linda se não tivesse acontecido uma coisa constrangedora.

No esforço do pulo, involuntariamente (eu acho), o meu amigo soltou um "pum" que provavelmente o ajudou a pular ainda mais alto e ganhar alguns centímetros extras. O problema é que todos os presentes escutaram. O nosso time, os adversários e a pequena arquibancada caíram na gargalhada e a jogada ficou ofuscada.

Voltando ao reencontro de ontem, porque cargas d água eu tinha que me lembrar disto bem naquela hora?

A mente humana pode ser muito anti-social.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Depois que descobriram petróleo na camada pré-sal, vamos precisar descobrir mais na camada pré-açúcar

Vou começar este post deixando bem claro que estou sendo irônico porque este admirável novo mundo “internetizado” está fazendo com que as pessoas desenvolvam técnicas de leitura dinâmica que acabam atropelando ironias. Deixando isto bem claro, podemos continuar.

O nosso querido Presidente tem tanta fome de distribuir renda que já está começando a agir de forma contrária ao que minha avó sempre me ensinou. Nunca contar com o ovo no bumbum da galinha. Eu estava escutando os comentários da jornalista Miriam Leitão, da rádio CBN, e lendo o artigo “Para Lula, camada pré-sal não pertence à Petrobras” do site Zero Hora e deu para perceber que o nosso governante já está pensando em mudar todas as regras de exploração de petróleo para poder distribuir a renda gerada pelas reservas da camada pré-sal para educação e combater a pobreza.

Eu não estou defendendo a Petrobrás, muito pelo contrário. Eu a acho uma empresa já bem crescidinha, com todos os vícios de um adulto e que sabe se defender. Mas a ânsia do nosso presidente para dar boas notícias vai obrigar nossos pesquisadores a encontrar mais petróleo na camada pré-açúcar também. E urgente.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Garantindo o meio ponto que falta para passar

A vida de quem dá aulas garante muita saia justa, risadas e estressadas que, no final, acabam compensando. Lembrei de um aluno que ficou devendo uma dependência, também conhecida como DP, e foi o único que apareceu no primeiro dia de aula.

Aproveitando que estávamos a sós, ele começou a chorar nota e queria garantir o famoso "meio ponto" no final do semestre, caso fosse necessário. Tentei argumentar que o primeiro dia de aula não é o dia mais indicado para chorar nota. Ainda para uma situação hipotética que só aconteceria em alguns meses.

Apesar da fase de negociações, ele continuou insistindo para eu passar algum trabalho que garantisse este maledetto meio ponto, em caso de necessidade, no fim do semestre. Para acabar logo com a discussão, propus que ele copiasse todo o livro texto e, para minha surpresa, ele aceitou prontamente.

Eu não acreditei e, para fazer a ficha dele cair, pedi que ele fosse à papelaria e comprasse o caderno universitário com a maior quantidade de folhas que ele encontrasse. Não acreditei quando ele saiu da sala e voltou com o caderno tinindo de novo.

Tentei, mais uma vez, mostrar a insanidade do que ele estava propondo e pedi para ele numerar as 100 primeiras folhas para não existir a possibilidade de ele arrancar nada durante o semestre. Ele se preparou e numerou ferozmente as cem primeiras folhas do caderno.

Vendo que ele não desistiria do trabalho, pedi para ele copiar as três primeiras filhas do capítulo 1 para eu usar de controle da letra dele e evitar outras pessoas pudessem ajudar. Ele nem piscou para começar a copiar o texto.

Ao final da aula, vistei as folhas que ele havia manuscrito e combinei que vistaria o caderno toda semana para poder acompanhar a evolução do trabalho que valia um possível meio ponto.
Eu não conseguia acreditar quando ele me apresentava sua evolução semanal para eu vistar, naquele ritual insano de verificar se ele havia copiado o livro sem pular páginas.

Com esta cópia insana ele acabou estudando, ficou com média final 9.5 e não precisou do meio ponto para passar. Até estranhei que ele veio me agradecer e não pediu o meio ponto para fechar com média 10. Espero que ele tenha aprendido a estudar.

terça-feira, 29 de julho de 2008

O Brasil e seus currais eleitorais

Eu sei que esta piada, que me contaram há algum tempo, pode não ser nova para alguns de vocês, mas ela serve como uma boa introdução a revolução político empresarial que estamos presenciando no Rio de Janeiro.

A piada é mais ou menos assim:

“Um filho chega super empolgado, em casa, e vai correndo contar a novidade para o pai.

- Pai, entrei para o mundo do crime!

O pai, impassível, olha fixamente nos olhos do filho e pergunta:

- Iniciativa pública ou privada?”

Agora o caso real. A imprensa vem denunciando que traficantes dos morros cariocas estão a pleno vapor, apoiando e fazendo propaganda eleitoral de seus políticos. O negócio é tão organizado que existem até atas de reunião, coisas que nem sempre encontramos dentro das empresas privadas brasileiras. Você já participou de quantas reuniões sem atas?

As instituições brasileiras andam indignadas e esperneiam, procurando soluções para evitar que esta tragédia destrua a democracia brasileira. Existem até pessoas defendendo o uso do exército para garantir eleições livres e justas. Eu já vi este filme em países altamente democráticos como Cuba.

Mas vem cá... Este tipo de curral eleitoral não era (ou ainda são) comum nos sertões brasileiros?

sábado, 26 de julho de 2008

Portas de banheiros públicos

Isto aconteceu logo que eu comecei a freqüentar um novo clube. Estava na lanchonete, fazendo novas amizades, quando a natureza me chamou e me fez lembrar que sou um mero mortal e tenho que satisfazer algumas necessidades básicas para sobreviver.

Perguntei a garçonete onde ficava o banheiro e ela me indicou educadamente. Fui à direção indicada e encontrei a porta com um "M". Entrei, fechei a porta e me deparei com três vasos sanitários e suas tampas, imaculadamente brancas, abaixadas.

Chego a me surpreender com a minha própria capacidade. Para quem sempre teve dificuldades para fazer contas de cabeça, meu cérebro processou aquela cena com um desempenho digno dos personagens do seriado CSI (Crime Scene Investigation). Em trinta e poucos anos de vida, eu nunca havia visto uma cena como aquela. Um banheiro público masculino nunca poderia ter três vasos com tampas abaixadas, simultaneamente!

Dei meia volta, torcendo para não ter muita gente do lado de fora, e saí daquele banheiro. Olhei novamente a porta e verifiquei que realmente existia um "M" colado na porta. Procurei a outra porta e vi que tinha um "H".

Caracas... O "M" era de "mulher" e não de "masculino"...

Porque não normalizam este tipo de coisa? Cada lugar é de um jeito. Alguns usam (F)eminino e (M)asculino, outros (M)ulher e (H)omem e, finalmente, "Ela" e "Ele".

Na hora do desespero é difícil analisar qual é a convenção que está sendo adotada.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A mulher casada e o marmitex no teto do carro

Ontem eu me lembrei este episódio que aconteceu comigo há muitos anos atrás, quando ainda não era comum filmar os vidros dos carros e os motoristas podiam se olhar.

Eu estava dirigindo pelas ruas de São Paulo, quando percebi que um carro trafegava com um marmitex sobre o teto. Decidi que aquela era a hora certa para eu dar uma de escoteiro e fazer a minha boa ação do dia e resolvi acelerar para emparelhar e poder avisar o motorista que corria o risco de perder o almoço.

Emparelhei com o carro e dei a tradicional dupla buzinada para chamar a atenção do motorista. Foi quando eu percebi que o motorista não era homem, mas uma mulher.

Ela me encarou, levantou a mão esquerda para mostrar a aliança e virou o rosto, demonstrando uma grande indignação. Eu não me conformei em ser confundido com um paquerador de trânsito barato e resolvi buzinar novamente. Ela me encarou novamente e eu gesticulei ferozmente para apontar o teto do carro dela. Novamente ela levantou a mão esquerda, mostrou a aliança e virou o rosto. Devia estar se sentindo a femme fatale.

Desisti e ainda roguei uma praga, desejando que o marmitex se espatifasse sobre o pára-brisa na primeira freada brusca.

Como é difícil fazer boas ações nesta cidade.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Greve dos correios

Este é um assunto que eu não pretendia tratar aqui, mas não aguentei ficar sem dar um pitaco.

Estou começando a acreditar que esta greve é um tiro no próprio pé. Em tempos em que as cartas andam perdendo espaço para meios eletrônicos de trocas de mensagens e a entrada de empresas privadas de entrega, é estranho os funcionários dos correios entrarem em greve e prejudicar a entrega de tantas correspondências.

Os sites de comércio eletrônico já disponibilizam várias opções de contratação da forma de entrega. O consumidor pode escolher qual empresa de entrega vai ser contratada. Os valores dos fretes costumam variar e, nesta situação, podemos decidir de preferimos pagar mais e ter confiabilidade ou preferimos pagar menos e correr o risco de enfrentar atrasos.

Para correspondências comerciais, existim os serviços de courier* (popularmente chamado de motoboys) para endereços próximos ou até mesmo contratar empresas como a FedEx para cartas mais importantes.

Com esta greve, os correios está destruindo uma reputação que construiu ao longo de muitos anos e está entregando clientes para a concorrência. Seus serviços correm o risco de ficar associados apenas a cartas e entregas de pouca importância. Entregas importantes ficam para empresas privadas.

Não estou julgando nada, apenas escrevendo meus pensamentos...

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*corrigido em 14/07/2008 - desculpe pela falha

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Vantagens de ser mulher...

Mais um dia comum, sem nada de especial. Chego a frente ao escritório e vejo que o marcador está marcando baixo nível bicombustível de cana, que causa menos fome no mundo do que o de milho.

Vejo que os frentistas estão ocupados e aguardo pacientemente. Logo em seguida, um carro encosta do outro lado da bomba em que eu aguardo ser atendido e, de dentro, sai uma mulher muito atraente e muito bem vestida.

Um dos frentistas, velho conhecido meu, termina afobadamente o atendimento que estava fazendo e segue correndo para atender a moça. Encaro o homem com meu caprichado olhar de reprovação, mas ele dá de ombros, tentando justificar que "aquele avião" tem prioridade.

Observo para ver se ela dá o telefone para o frentista ou, pelo menos, uns trocados e constato que o coitado fica sem nenhum dos dois.

Percebo algumas injustiças deste mundo. Procuro ser bem atendido pagando gorjetas de dois reais. Para ela ter um atendimento ainda melhor, basta ser mulher...

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Já recebi mensagens me cobrando se eu dava razão ao frentista ou não. Confesso que ele está certo e a conclusão é: "Não adianta dar gorjetas e é melhor economizar meus dois reais"

terça-feira, 1 de julho de 2008

Otimista x Pessimista para nomear uma foto

Foto: Marco Y. em 20/06/2008

Eu estava olhando as fotos que tirei em junho e encontrei esta da lua cheia. Eu estava pensando em criar um título e acabei lembrando de um e-mail que andou circulando por ai, com a proposta de identificar se a pessoa era otimista ou pessimista.

Neste e-mail tinha uma questão que perguntava se um copo pela metade era:

a) Meio cheio
b) Meio vazio

Eu me pergunto se esta foto deveria se chamar "Luar para apaixonados" ou "Corre que o Lobisomem vem ai"...