segunda-feira, 30 de junho de 2008

Trilogia culinária - Pratos feitos com carne crua

Passei diversos anos me deliciando com dois pratos baseados em carne crua: carpaccio e quibe crú. Um dia, folheando um cardápio de um restaurante alemão, "descobri" um terceiro prato baseado em carne crua chamado Steak Tartar. Para alguns isto deve soar como "grande coisa...", mas me deixem curtir a ilusão de que estou descobrindo o mundo, ok? rs

Por diversos motivos, sempre acabei adiando experimentar este prato. Algumas vezes porque eu acabava escolhendo outra coisa, outras por não ter com quem dividir, etc. Demorei tanto que este restaurante original acabou fechando e se transformou em cantina italiana.

Minha curiosidade aumentou quando escutei o Wessel falar sobre as maravilhas deste prato em uma entrevista na rádio, mas ainda demorei mais algumas semanas para poder experimentar.

Ontem, finalmente dividi esta experiência com meus irmãos e meu pai. Criei coragem e pedimos o prato no Juca Alemão. A primeira constatação que observamos é que, diferente do que descreve Wessel no site dele, a versão do Juca Alemão é picada no moedor de carne e não na "ponta da faca". Mas o capricho do garçon em preparar o prato na nossa frente compensou.

Ao experimentar o prato, acompanhando de pão preto, percebemos que os condimentos não deixam nenhuma impressão de estar comendo carne crua. Comparando os trê pratos, acredito que o Steak Tartar é o que mais disfarça esta sensação.

Pesquisando um pouco sobre este prato, descobri que muitos atribuem a sua origem aos Hunos. Quem diria que Átila e o seu povo, os Hunos, nos deixariam esta herança culinária.

Links da wikipedia para quem quiser saber mais sobre: carpaccio e quibe crú.
[desculpem, mas não encontrei em português]

domingo, 29 de junho de 2008

CSI na vida real

Imagine um episódio do seriado CSI, em que uma policial científica desconfiada da fidelidade do marido resolve submeter uma cueca a teste de DNA.

Com o teste, a policial descobre que a peça íntima apresenta DNA de seu marido, junto com o DNA de uma segunda pessoa e este, logicamente, não é dela.

Ela consegue comprovar a infidelidade do marido, mas ele contra ataca com a acusação de uso indevido de material do estado para uso pessoal.

Esta episódio não passou na tv, mas está acontecendo na vida real. Escutei esta notícia no carro e eu a achei tão cômica que cheguei em casa e recorri ao santo google para encontrá-lo no site terra.

É a vida real superando a imaginação dos roteiristas de seriado...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Mudando o firmware da minha câmera fotográfica

Depois de quase dois anos usando a minha inseparável câmera Canon PowerShot S3 IS, resolvi arriscar uma turbinadinha que muitos usuários desta câmera fazem. Trocar o firmware da câmera, usando o CHDK.

Este upgrade de firmware permite, entre outras coisas, tirar fotos no formato RAW. Este formato permite gravar mais informações que o tradicional JPEG, dando mais flexibilidade no pós-tratamento da foto, através de programas do tipo Photoshop ou Gimp.

Como este upgrade de firmware não é oficialmente recomendado pela Canon, demorei a criar coragem e testar, mas agora resolvi arriscar.

Alguns pontos positivos que eu percebi: mais flexibilidade para alterar as fotos no GIMP e menor ruído.

Pontos negativos: ligar a câmera e usar o firmware demanda mais tempo, tempo de gravação da foto é maior e algumas vezes o formato RAW não é gravado, apenas o JPEG.

Um dos primeiros resultados interessantes que eu consegui foi esta foto. Mudei o tom da foto e o amanhecer ficou parecendo o anoitecer.

O aviãozinho vai...


Mais um post atrasado devido à falta de tempo.

Tirei esta foto ontem, pela manhã. A primeira manhã de sol, depois que entramos no inverno, merecia uma foto porque eu não estava mais aguentando o tempo chuvoso e aquela garoa fina, típica de São Paulo.

Enquanto enquadrava a foto, percebi um avião passando pelo céu alaranjado e acabei lembrando da música “O barquinho”, cantada por João Gilberto.

Será que os compoitores Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli teriam criado uma música chamada "O aviãzinho", em referência as cidades sem mar?

“Dia de luz,
festa de sol
e o barquinho a deslizar
no macio azul do mar.
tudo é verão,
o amor se faz
num barquinho pelo mar,
que desliza sem parar,
sem intenção,
nossa canção
vai saindo desse mar
e o sol beija o barco e luz,
dias tão azuis.”
[Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli]

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Que saudades de "Sessão da Tarde" com bolinho de chuva

O tempo passa, nossa vida muda e vamos percebendo que nossas fontes de prazer e satisfação mudam.

Hoje estou me arrastando a tarde toda, esperando que um processamento seja finalizado para eu poder consolidar algumas conclusões no trabalho. Uma boa parte da culpa por estar neste estado quase letárgico foi o meu almoço. O dia está frio e o convite para apreciar uma feijoada honesta no restaurante “Tempero das Gerais” acabou me levando a cometer o pequeno pecado da gula.

De pança cheia e ainda esperando o micro trabalhar, o tempo demora mais para passar e sobra tempo para alguns minutos de meditação quase filosófica. Nestes pensamentos desorganizados, juntei a minha letargia com a tarde fria de inverno e a lembrança de minha mãe.

Que saudades do tempo em que eu passava as tardes de inverno na frente da TV, assistindo “Sessão da Tarde” debaixo de uma coberta quentinha e mimado pelos bolinhos de chuva feitos pela minha mãe.

Existe cena mais aconchegante do que esta?

Para completar este quadro de saudades, lembro que hoje é aniversário da minha mãe. Mais um motivo para eu ligar, parabenizá-la e agradecer pelo carinho que ela sempre me dedicou e eu nunca vou saber se consegui honrar e retribuir.

Mãe, feliz aniversário!

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Aluno gasparzinho

Durante toda a minha vida, acadêmica ou não, nunca me imaginei como professor. Sempre achei que, se um dia conseguisse me formar, iria pegar o canudo e correr para fora para fora da faculdade para nunca mais voltar.

Vai que, passando na frente da faculdade, alguém da secretaria saia correndo e gritando que eu ainda estou devendo cálculo III ou física IV, como um filme de terror.

Minha queria avó sempre me alertou para tomar cuidado com nossos atos, pois a vida sempre dá voltas. Ela tinha razão porque atualmente eu dou algumas aulinhas por semana e até sinto um leve prazer mazoquista com isto.

Mazoquista porque me divirto, semestre após semestre, escutando as mesmas desculpas e sempre. A choradeira porque a lição de casa é muito extensa ou o trabalho estava feito, mas foi estraçalhado pelo cão na hora de sair para faculdade, etc. Mudam os alunos, mas as histórias são sempre as mesmas.

Depois de cinco anos eu ainda aprendo coisas novas e o aprendizado deste semestre foi conseguir definir um tipo novo de aluno: "Gasparzinho".

Esta estirpe de aluno não aparece durante o semestre inteiro. No máximo, surge rapidamente para responder a chamada e desaparece como fumaça no ar.

Um dia antes do exame, ele resolve aparecer para tentar fazer amizade, tornando-se um legítimo "fantasminha camarada".

domingo, 22 de junho de 2008

Felipe Massa lidera o campeonato

Estou de castigo no escritório, mas estou ligado na corrida através da radio CBN. Haikkonen enfrenta problemas na 38° volta e Massa ultrapassa!

Para vencer não basta ser rápido. Tem que estar no lugar certo, na hora certa e fazendo as coisas certas... Desculpem pelo lugar comum, mas torcedor com alegria reprimida é fogo...

A corrida termina as 10:35am e consolida um momento histórico. Segundo o portal G1, a última vez que um brasileiro liderou o campeonato de fórmula 1 foi em 1993, feito de Ayrton Senna. Graças ao Massa, depois de 15 anos, voltamos a sentir prazer em acompanhar a fórmula 1.

Para completar o dia, Nelsinho Piquet chegou em 7° e beliscou 2 pontos.

Agora e tenho que voltar ao castigo e trabalhar. Não vejo a hora de assistir a próxima corrida, vontade que eu não sentia desde 1994.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Um novo Buda?


Ontem eu fiquei decepcionado com o canal fechado Discovery, devido ao documentário "O novo buda". Eu já estava de olho nas chamadas a algumas semanas e, como sou neto de japoneses que praticavam o Budismo dentro de casa, sempre me interessei pelo assunto.

O documentário começou bem, tentando mostrar as dificuldades da equipe de filmagem se aproximar do garoto de quinze anos que, segundo os locais, estava meditando a 6 meses.

Tentaram mostrar os vários aspectos do fenômeno, apresentando os aspectos espirituais e também o lado negro do mercantilismo que foi montado em torno do garoto.

Eu estava realmente gostando do documentário, mas deixaram a grande revelação para os minutos finais. O garoto havia sumido em 11 de março de 2006, ou seja, eu estava consumindo uma informação com dois anos de idade, como se fosse fresquinha. Sacanagem...

Se esta informação tivesse sido mostrada no inicio do documentário, eu teria encarado todas as informações de outra forma. Me senti um pouco ludibriado, um torcedor que sofre sem saber que está assistindo um compacto.

E o pior é sair do cinema sem saber como o filme acabou. Porque o menino sumiu no meio da maratona de meditação e nunca mais foi visto. Não vai ser fácil saber se Ram Bomjam, o nome do menino, é realmente o novo buda ou uma fraude.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Assombrações no trânsito

Infelizmente, a foto tirada de celular não consegue mostrar a aberração que andou na minha frente, durante uns quinze minutos de terror.

Eu não tenho preconceito nenhum contra carros velhos, mas este golzinho quadrado estava sem lanternas e sem luz de freio. A falta de lanterna até que não me incomodou porque, conforme manda a lei, eu estava andando com os faróis acessos.

Mas a falta de luz de freio preocupava, me obrigando a manter uma distância entre veículos maior do que o habitual. Pior que a minha atitude irritava o motorista do carro que vinha atrás, provavelmente imaginando que eu era o Mr. Magoo, dirigindo com excessiva cautela.

Se os problemas deste carro parassem por ai, tudo bem, mas o pior de tudo era a fumaça preta que ele soltava a cada acelerada. Me senti no meio daquele desenho animado "Corrida Maluca", onde o Dick Vigarista soltava uma cortina de fumaça para despistar seus adversários.

A fumaça deste gol não chegava a atrapalhar a minha visão, mas deixava um cheiro horrível para trás. Eu estava numa posição privilegiada, com a visão de um carro todo amassado na minha frente, sem lanterna, sem luz de freio e, para completar a desgraça, deixando um perfume de bota queimada para trás.

Dá para ser feliz no trânsito de São Paulo?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Cartas de Iwo Jima



Ainda dentro da comemoração do centenário da imigração japonesa...

Ontem eu assisti ao filme “Cartas de Iwo Jima” pela segunda vez no canal HBO. Achei este filme interessante por dois motivos.

O primeiro é estético, com dessaturando o azul e o verde, sobressaindo apenas a cor vermelha em algumas cenas. Em algumas cenas parece que estamos mergulhados em um filme preto e branco, criando um clima antigo que nos faz focar nos rostos dos personagens da mesma forma que as fotos autorais em P&B.

Este filme me fez lembrar outros dois filmes modernos com esta estética P&B. “Rumble Fish”, no Brasil foi lançado como “O Selvagem da Motocicleta”, dirigido e produzido por Francis Ford Coppola em 1983. Este filme passava o tempo inteiro em preto e branco e apenas no final mostrava uns peixes de briga em cores. Este filme acabou ficando como o meu preferido de todos os tempos.

O segundo filme que me lembra foi “Cin City”, que eu gostei mais da estética, mas não gostei muito do roteiro. Também é rodado em preto e branco e mostra apenas os olhos azuis de uma das protagonistas, que é a garota que faz o seriado “Gilmore Girls”.

Voltando ao filme “Cartas de Iwo Jima”, o segundo motivo que me fez gostar deste filme é o personagem principal. Apesar de ele ser um soldado japonês, ele tem o bom senso e as reações de um ocidental equilibrado, procurando sobreviver no meio da loucura que é uma guerra. Ele contrasta com a imagem kamikaze que a maioria dos soldados japoneses mostra durante a batalha. Gostei também porque o filme mostra alguns soldados japoneses acovardados, mostrando que o heroísmo não estava presente em 100% dos soldados japoneses.

Os americanos também são mostrados como seres humanos verossímeis, praticando atos de bondade e maldade. Nenhum lado é apresentado como do “Bem” ou do “Mal”.

Boa pedida para quem gosta de filmes de guerra, sem muita pancadaria e efeitos visuais alucinantes...

Centenário da imigração japonesa

O tema já está batido, mas como bom japadescendente eu achei a homenagem do Google muito simpática.

Hoje, quando entrei no site de buscas para fazer uma rápida pesquisa, me deparei com o logo deles alterado para homenagear o centenário da imigração japonesa.

Esta data é uma boa oportunidade para eu agradecer meus bisavós, avós, pais e outros familiares que me apoiaram durante a vida. Foi com os mais velhos que eu aprendi que a evolução de um indivíduo não é uma viagem isolada.

Dependemos dos passos de nossos antepassados e preparamos os caminhos para nossos descendentes para trilhar um único caminho.

O sucesso ou o fracasso de cada um de nós é o sucesso ou o fracasso de uma longa cadeia de familiares. O sucesso de uma família é o resultado do esforço de várias gerações.

É da gratidão que nasce o respeito e a admiração pelos mais velhos.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Umbrella - versão acústica

Talvez por ter boas lembranças da minha adolescência, ainda me interesso pelas músicas que fazem sucesso com os jovens.
Gosto de algumas músicas da Avril Lavigne, Britney Spears e Rihanna, por exemplo. Admito que alterno rádios pop com rádio de notícias, sem nenhum peso de consciência e não me sinto tão "tiozão".
Vou ter que me entregar e confessar que andei meio cansado de escutar músicas blockbuster e andei sintonizando a Alpha FM (101,7 MHz).
Fiquei surpreso quando começou uma introdução com violão e, de repente, comecei a escutar uma Rihanna um pouco diferente cantar a música Umbrella.
Fiquei fã deste lado oculto da cantora pop. Será que ela tem algum álbum acústico escondido no submundo da música de bom gosto?
Aproveitei um tempinho de descanso e "googlei"...
Descobri que não é a Rihanna e até consegui baixar o mp3. O nome da cantora é Marie Digby e a música é muito legal.
Pena que eu não sei colocar no blog para divulgar. Se alguém souber me ensinar como deixar aqui, sem caracterizar pirataria, eu agradeço.

----- Editado em 03/01/2014 ------------------

Agora eu sei colocar o link.... rs

A lucidez de nosso Vice-governador

Gostei muito da lucidez do nosso Vice-governador, Alberto Goldman, no discurso que ele fez na convenção do PMDB. Apesar desta confusão de candidados não ser culpa dele, é impressionante a disposição que o PSDB tem para perder eleições.

Ele não poderia ter definido um nome melhor para o candidado que eles vão apoiar para as eleições da prefeitura de Sampa: "Geraldo Kassab". Mantendo a política o mesmo compasso da evolução científica, é o resultado do cruzamento genético entre Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab. Uma aberração...

Agora vamos esperar o embate entre "Martaxa" e "Geraldo Kassab".

PS: A notícia no portal G1

domingo, 15 de junho de 2008

Retomando... depois de uma gripe

Bem...

A minha meta de postar com intervalo máximo de um dia, já não vai mais ser cumprida. Peguei uma virose que me derrubou da noite de quarta até sábado.

Durante este período passei poucas horas acordado. Nos raros momentos em que eu não estava dormindo, fiquei longe do mundo real, assistindo alguns filmes e seriados americanos.

Hoje acordei bem disposto, levei minha esposa ao plantão que ela tinha que cumprir e aproveitei para fotografar o amanhecer, comprar jornal e uma famosa revista semanal. Ao ler as últimas notícias percebi hibernar no Brasil tem o mesmo impacto que um urso sente no pólo norte. Nada muda.

As histórias são as mesmas, os problemas são os mesmos e o que muda são apenas os nomes das CPI e dos impostos.

Mudam os escândalos e os personagens que protagonizam as CPI, mas como as boas novelas brasileiras, sempre acabam em finais felizes (para os corruptos).

Mudam os nomes dos impostos, mas os falsos argumentos e o destino final do dinheiro também são sempre o mesmo. Perde-se nos caminhos cinzentos da burocracia e corrupção.

E para quem volta da hibernação, fica o bafo de quem acorda de ressaca...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Aprendendo com o Presidente

O domínio do Presidente Lula, sobre a lingua portuguesa, sempre foi matéria prima para os comediantes fazerem humor. Entre eles, eu sempre me divirto com o personagem “Molusco” da Jovem Pan.

Eu sei que o meu domínio sobre a língua também não é uma maravilha. Cometo meus deslizes e sempre recorro ao dicionário para me certificar.

Ontem, eu estava voltando para casa com o rádio ligado em um programa de notícias. Entre uma notícia e outra, passaram um trecho de uma entrevista do Presidente Lula. Escutei a declaração dele e não entendi completamente. Ele disse a seguinte frase: “As afirmações da oposição, sobre a Variglog, não passam de ilações.”

“Ilações”? Eu não sabia o que significava. Será que esta frase podia ser traduzida por “As afirmações da oposição, sobre a Variglog, não passam de falsas acusações.”?Não agüentei, corri para o dicionário e descobri o significado no Michaelis.

ilação
i.la.ção
sf (lat illatione) Inferência, conclusão, dedução.

Que decepção. Na pior das hipóteses, a afirmação pode ser traduzida por: “As afirmações da oposição, sobre a Variglog, não passam de deduções.”.

Ou seja, os opositores de nosso governo estão deduzindo que existe sujeira no caso Variglog. Infelizmente, não vejo novidade nenhuma nisto.

Parodiando a rádio, eu digo:
"Obrigado por me ensinar mais um verbete, ó sapiente Sr. Molusco."

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pensamentos de um blogueiro jr.



Preciso tomar cuidado para o meu "Diário da maionese" não virar um blog sobre o amanhecer, mas depois que eu comecei a escrever e querer fotografar para postar aqui, percebi que o nascer do dia nunca é igual.

Mesmo fotografando na mesma época do ano, o sol nasce diferente a cada dia. As nuvens mudam, a cor das luzes mudam e a forma que contemplamos e fotografamos muda.

Esta cor avermelhada, tentando passar pelas nuvens durou poucos minutos. O vermelho deu espaço para o dourado e eu, sem querer, consegui captar os raios dourados do sol em filetes. As duas fotos de hoje não tem nada de tratamento com photoshop ou gimp. Postei como eles foram gravadas no meu cartão de memória.

Olhando estas fotos, percebi que manter um blog exige o mesmo treinamento de olhar que um fotógrafo: procurar novas formas de observar o mundo e tentar registrar da melhor forma possível. Seja em imagens ou palavras, procuramos mostrar nossa visão particular do mundo.
Talvez exista o incoveniente de deixarmos nossas idéias e impressões expostas demais, mas, nesta fase de vida deste blog, acredito que não seja um grande problema.
Estou na fase de jogar pedras no oceano. Com certeza não vou ver nenhuma reação...

Felipe Massa: sorte, azar e competência



Depois da morte do Ayrton Senna, fui perdendo gradativamente o meu interesse pela Fórmula 1. Minha última lembrança mais relevante foi ter assistido o GP Brasil de 1996, presencialmente em Interlagos.Passei a era Schumacher praticamente hibernando e o máximo que fazia era acompanhar os resultados pelos jornais e noticiários.

Ontem, por acaso, eu reencontrei o prazer de assistir a uma corrida de F-1. Liguei a TV apenas para ver a largada, assistir umas 10 voltas e depois ir para casa de meus pais. Mas eu não conseguia desligar a TV eacabei torcendo pelo Felipe Massa até o final da corrida.

Me diverti com a sorte dele, quando ocorreu o acidente inusitado nox boxes. Não me conformei com o azar dele, no atrapalhado reabastecimento que o obrigou a fazer mais uma parada nos boxes.

Finalmente, me emploguei com a pilotagem cheia de raça que o devolveu a zona de pontuação e o deixou em posição mais confortável que seu companheiro de equipe.

O Rubens Barrichelo também deu uma animada na corrida, liderando sete voltas com um carro que se arrastava pelas retas. Eu sempre me divirto quando um brasileiro dá uma ressucitada deste tipo. Parece aquela propaganda do governo: "Eu sou brasileiro e não desisto nunca.

Deste jeito eu, que havia desencanado da F1, acabo ficando impaciente para assistir a corrida.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Fim e dia no Brooklin


Por do sol no Brooklin, originally uploaded by Marco_Y.

Testando um post criado no Flickr e aproveitando para mostrar a despedida do sol hoje.

Esta é a vista que temos no escritório.

Um ótimo final de semana a todos,

Marco

Oscar Niemeyer e Nostradamus

Apesar de não ser especialista no assunto e já ter lido vários comentários contra, eu considero o Oscar Niemeyer como um dos maiores arquitetos do Brasil.

Mas além de virtuosi na arquitetura, desconfio que ele tinha outro tipo de poder mágico: a profecia. Depois de ver a CPI dos cartões coorporativos dando em pizza, engrossando a lista interminável de CPI pirotécnicos que não dão em nada.

Para comprovar isto, encontrei este croqui que ele desenhou na concepção do congresso nacional. Veja que eu não tenho razão.


Acredito que o pessoal de Brasilia deveria respeitar o projeto original e colocar a enorme pizza que o grande Niemeyer colocou em cima do congresso nacional.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Chapeiro com alma de sushiman

Eu já comentei sobre o Francisco em um post anterior. Ele é o chapeiro da padaria em que eu faço uma boquinha de vez em quando.

Ontem, durante o almoço, percebi observar ele trabalhar é um tempero extra para os já deliciosos sanduíches que ele faz.

Eu gosto de observar pessoas que trabalham por vocação e o Francisco é uma destas pessoas.

Me admiro com sua técnica na chapa. Ele prepara todos os lanches evitando colocar a mão nos ingredientes, utilizando sempre talheres e pegadores. Sua técnica para quebrar ovos usando o pegador é divertida de se ver.

Demonstra uma alegria sincera quando alguém pede um sanduíche mais sofisticado, aqueles com finas fatias de picanha defumada e outros ingredientes especiais. Ao terminar estas iguarias, ele chama seus colegas e grita "Pode tirar a foto" e depois coloca cuidadosamente sobre o balcão.

Vendo estas cenas, me lembro da arte do sushimam. E são profissionais como o Francisco que tornam o nosso cotidiano mais divertido e gostoso.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Brincando de fotojornalista

Aproveitei a foto do acidente de ontem e enviei ao Minton Jung, jornalista da rádio CBN, para ver o que acontecia.

Hoje, para minha surpresa, recebi um e-mail me avisando que a minha foto estava publicada no blog dele.

Estou me sentindo "O" fotógrafo... rs

terça-feira, 3 de junho de 2008

Presenciando dois acidentes em dois dias

Post rápido.

Apenas para reforçar a minha teoria sobre o trânsito de São Paulo. Os congestionamentos acabam tornando os motoristas mais agressivos e o resultado é o maior número de acidentes.


Ontem, ao vir para o escritório, me deparei com um acidente em um dos cruzamentos da Av. Roberto Marinho.


Hoje, ao levar meus filhos para escola, presenciamos este na Av. Francisco Morato (foto abaixo).


Estamos nos comportando como ratos em clima de superpopulação....

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Violência no trânsito

Em 2006, eu ajudei a ciceronear dois profissionais da companhia de saneamento de Cochabamba, a SEMAPA (Servicio Municipal de Agua Potable y Alcantarillado).

Saí de amanhã cedo e fui ao hotel em que eles estavam hospedados, em companhia de outro colega brasileiro. Encontramos com os dois no saguão do hotel e nos dirigimos ao carro.

Depois de verificar que estavam corretamente acomodados, coloquei meu cinto de segurança e sai dirigindo normalmente. Depois de alguns minutos, já trafegando pela Marginal Pinheiros, percebi que eles estavam irriquietos e sussurando entre eles.

Achei estranho e falei com meu colega brasileiro, se ele estava percebendo algum problema com eles. Ele olhou para trás e resolveu perguntar se eles precisavam de alguma coisa.

Finalmente eles sorriram e perguntaram se os carros brasileiros saíam de fábrica sem buzina. Como eu não conhece Cochabamba, eu não entendi a pergunta, mas meu colega caiu na gargalhada e começou a apertar a buzina do carro, incomodando todos os outros veículos a nossa volta.

Foi neste momento que eu entendi a pergunta. Em Cochabamba o trânsito é uma loucura e os motoristas digirem buzinando o tempo todo.

Neste momento, eu senti uma ponta de orgulho da civilidade do trânsito paulista e brasileiro. Um dos raros momentos em que realmente senti orgulho por ser brasileiro.

Esta semana, com as notícias que vem aparecendo no noticiário, eu percebo que as coisas já não são mais assim. Nos últimos meses, tivemos 3 casos de pessoas desequlibradas andando na contramão, além de outros casos de matança e pancadaria no trânsito.

Uma parte disto pode ser creditada aos congestionamentos cada vez maiores e a crescente sensação de impunidade, consequencia da falta de planejamento e da ineficiência das instutuições brasileiras.

O resultado é, mesmo com o tão comentado avanço na macroeconomia, ainda vivemos em um pais de bárbaros. Eu já dei risada do trânsito dos bolivianos, mas agora vejo que não estamos melhor do que eles.

Minha última tristeza vai ser confirmar que o nosso presidente também é igual ao deles...