segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Uma boa receita para crise financeira: sanduíche de pizza

Depois do sucesso da receita de sanduíche de esfiha, recebi outra receita ótima: o sanduíche de pizza.

Acredito que elas podem contribuir muito para enfrentarmos os tempos difíceis que podem vir pela frente. Em tempos que a bolsa de São Paulo despenca 9,36% em um único dia, nada melhor que alternativas econômicas para nossas refeições.

Vamos a receita:

  • 1 pizza de muzzarela grande (se você tiver dinheiro, pode esbanjar com outros sabores mais caros)
  • 8 pães franceses (ou cacetinhos* se você morar em Salvador)

Preparo: cortar o pão frances no meio, no sentido longitudial, e acomodar uma fatia de pizza entre as fatias de pão.

Com estes ingredientes você consegue fazer uma pizza render oito sanduíches. Se antes a mesma pizza alimentava duas pessoas ou rendia duas refeições, agora ela pode alimentar quatro pessoas ou render quatro refeições.

Se a crise continuar e a coisa apertar, podemos variar a receita da seguinte forma:

Versão alternativa "miséria total":

  • 1 pizza de muzzarela grande (se você tiver dinheiro, pode esbanjar com outros sabores mais caros)
  • 16 pães franceses (ou cacetinhos* se você morar em Salvador)

Neste caso, cada fatia de pizza pode ser dividida em 2 e rechear um sanduíche. Neste nova proporção, o sanduíche fica menos recheado, mas uma pizza pode render 16 porções e alimentar muito mais gente. Se a pessoa for solteira e guardar a pizza na geladeira, pode render 8 refeicões de dois sanduíches. Quase uma semana de alimentação.

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*Contribuição da Tia Batata

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Tempos modernos

Durante a minha infância, vivi em um mundo que só oferecia três tipos de tênis: bamba, conga e kichute. Hoje existem dezenas de marcas e centenas de modelos diferentes.

A TV só tinha duas cores: preto e branco. Hoje temos TVs com milhões de cores e milhares de linhas de definição.

Além de poucas cores, a TV só tinha uns três ou quatro canais e o controle remoto era um artigo totalmente dispensável. Hoje temos centenas de canais e o controle remoto é um item de sobrevivência indispensável. Precisamos zapear entre os canais e diminuir o volume quando entram as propagandas.

Na minha infância, os casamentos duravam a vida toda e sempre aconteciam entre homens e mulheres. Hoje podem durar apenas algumas horas e acontecem entre dois homens, entre duas mulheres e, de vez em quando, entre homens e mulheres.

Quando eu era criança, o mundo era dividido entre o capitalismo e o comunismo. Existia a guerra fria entre o bem e o mal, entre o capitalismo e comunismo. E comedor de criancinhas era a fama dos soviéticos comunistas. Hoje parece que sobrou apenas o capitalismo e comedor de criancinhas são conhecidos como pedófilos.

Vivi tantas mudanças que, atordoado, estou escutando vários analistas econômicos afirmarem que a tábua de salvação do capitalismo é estatização dos bancos. No coração financeiro do país que inventou o capitalismo.

Fragmentos de São Paulo - Pôr do sol e Congestionamento

Tem horas que é difícil manter a sanidade e uma solução é procurar coisas boas no meio do caos. As vezes a música do rádio nos ajuda a enfrentar o trânsito, outras vezes pode ser a luz do sol.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Este comentarista me deixou preocupado

Estou numa grande correria com o trabalho e as aulas, mas este comentário de Mauro Halfeld, da rádio CBN, me deixou deprimido.

Foi um dos comentários mais sombrios que eu já escutei, na atual crise econômica mundial que estamos vivendo.

Escute o comentário de Mauro Halfeld - Rádio CBN em 18/ago/2008

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

"O Caçador de Pipas" e o Afeganistão

Estou lendo o livro "O caçador de pipas" e confesso que estou impressionado com a ambientação da história. Apesar do livro não ser mais novidade, não vou contar toda a história para não estragar a leitura de quem ainda não leu.

Só queria comentar que estou gostando muito de ler sobre a vida da sociedade mais abastada do Afeganistão, na era pré Talibã. Para pessoas, como eu, que nunca haviam ouvido falar do Afeganistão e do Talibã, antes do dia 11 de setembro de 2001, dia daquele atentado terrorista que parou o mundo, é estranho imaginar que aquele país já teve pessoas que tomavam cola-cola, assistiam filmes de cowboy e andavam de Mustang.

Tudo bem que deveria existir um abismo muito grande entre ricos e pobres, o que sempre fomenta o surgimento de grupos radicais como o Talibã. E até arrisco a "chutar" que o fascínio das classes mais abastadas pela cultura americana pode ter sido uma das sementes do antiamericanismo que reina por ali.

Na parte culinária, fiquei com vontade de experimentar o tal de pão "naan"...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"Fessor", preciso tirar uma dúvida

Este episódio aconteceu alguns semestres atrás. Eu estava na praça de alimentação da faculdade, procurando um lugar para tomar um expresso.

No caminho, eu fui interceptado por um aluno que segurava um caderno aberto. Ele veio e pediu para eu tirar uma dúvida. Estranhei por não reconhecê-lo. No final do semestre eu já consigo chamar quase todos os alunos pelo nome e foi muito estranho nem reconhecer o rosto da figura.

Estranhei mais ainda quando li o caderno do menino. Ele estava com dúvidas em um exercício de física. Eu nunca dei aula de física!

Foi neste instante que veio um segundo aluno. Puxou o primeiro e começou a falar, bem baixo, um mantra do tipo: "ele não é nosso professor.... ele não é nosso professor"...

Finalmente o mistério se desfez. Ele estava me confundindo com outro professor. Tudo bem que japonês de óculos é tudo igual, mas não conseguir reconhecer um professor no dia da prova final é meio caminho para ser reprovado.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Avançar sempre, retroceder jamais

Existem mancadas tradicionais, que ficamos sabendo que outras pessoas cometeram e caímos na risada. Por outro lado, existem outros momentos em que nós próprios nos vemos como protagonistas de situações inesperadas ou constrangedoras.

Eu confesso que, entre a lista de mancadas tradicionais, já acordei umas três vezes com o som do próprio ronco. Todo mundo já ficou sabendo deste tipo de acontecimento com algum conhecido ou amigo.

Ontem eu consegui avançar mais um passo com esta mancada tradicional. Acordei assustado com o som do meu próprio ronco. Só que desta vez eu abri os olhos e não me vi na minha cama ou no sofá da minha casa... Quando abri os olhos eu vi o meu dentista com a mão dentro da minha boca!

Confesso que a vergonha foi enorme e só foi minimizada porque o dentista é meu irmão. Ainda bem que ele apenas riu e não me deu bronca.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Way back to love

Ontem eu estava assistindo o filme "Música e Letra" com Hugh Grant e Drew Barrymore. A histórinha, historinha ao pé da letra, mostra um cantor pop decadente que encontra uma chance de voltar a compor e um possível amor. Filminho água com açucar, mas que eu sempre acabo assistindo de novo.

No meio do caminho, os dois encontram uma cantora de sucesso que acaba encomendando uma música para o casal. A primeira versão dela é super interessante, misturando ritmos indianos com gemidos e poses de filmes pornô. Pena que eu não consegui encontrar uma cópia da musica para colocar aqui.

No final, tudo dá certo e a cantora pop acaba aceitando gravar um single com a versão mais comportada da música. Happy end, com direito a uma música que acaba grudando no ouvido da gente.

Como eu não gosto de sofrer sozinho, quero compartirlhar esta musiquinha grudenta com a quase nula audiência deste blog.

 Filme letra e musica - Way back into love

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Estagiário Danoninho

Outro dia eu estava acompanhando alguns técnicos soteropolitanos que visitavam o nosso escritório que fica na zona norte de São Paulo.

A agenda da manhã correu tranquilamente e resolvemos fazer uma pausa para o almoço. O gerente do escritório da zona norte escolheu um restaurante próximo, onde era possível chegar após uma breve caminhada.

Novamente o almoço foi tranquilo, conversamos amenidades e contamos piadas. Eu voltava tranquilamente, conversando e rindo com os nossos convidados, quando tocou o celular. Era uma funcionária do escritório onde eu fico trabalho.

Eu: - Oi, o que aconteceu?

Ela: - Você não vai acreditar, mas o estagiário se cortou com um estilete.

Eu: - Ué, manda lavar e colocar um band-aid.

Ela: - Já tentaram, mas não pára de sangrar...

Eu: - Foi grave assim?

Ela: -Sim... ele estava cortando umas plantas e se empolgou. Parece que arrancou a ponta do dedo.

Eu: - Putz... Já pede prá tia da limpeza separar alguns sacos de lixo preto.

Ela: - Prá que?

Eu: - Se ele morrer, joga ele no beco e avisa o RH para rasgar o contrato de estágio dele... Perae... Antes de rasgar o contrato de estágio, vê quanto que é o valor do seguro e quem são os beneficiários. Se der para mudar para o meu nome, não joga ele no beco.

Ela: -........

Eu: Tô brincando. Manda alguém levar ele para um pronto socorro ou farmácia.

Ela: -Ok... eu mando noticias...

Eu: - Como vou estar em reunião, me manda por SMS.

Desliguei o celular e meus companheiros de almoço perguntaram, assustados, o que havia acontecido. Parece que só entenderam a parte do saco preto e acharam que alguém havia morrido mesmo. Eu os tranquilizei e disse que foi apenas um pequeno corte com estilete.

Entrei na reunião e comecei a receber alguns SMS:

“O primeiro pronto socorro não atende o seguro saúde dele. Eles estão indo para outro”

“Chegaram no segundo pronto socorro e o atendente mandou passar no atendimento primeiro e fazer a ficha depois, porque está sangrando muito”

Eu pensei comigo mesmo: “Caramba...que raio de corte foi esse? O cara estava cortando plantas com uma serra elétrica?”

Finalmente chegou a última mensagem: “Ele foi atendido e está com o braço imobilizado. Não vem trabalhar amanhã”

Pensei novamente: “Imobilizaram o braço do menino, por causa de um corte de dedo?? Que esquisito”

Alguns dias depois ele apareceu. Já não estava com o braço imobilizado, mas tinha um grande curativo no dedo indicador.

Resolvemos criar uma nova regra no escritório. A partir de agora, só estagiários com mais de 21 anos podem usar objetos cortantes. Os marmiteiros com menos de 18 estão proibidos de almoçar com garfo e faca, podendo usar apenas colheres de plástico.

Tudo em nome da segurança.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Provas que o PT-PAC não decolou...

Desculpem, mas eu não resisti... Até esperei alguns dias, mas como não vi nenhuma piada neste sentido, resolvi mostrar...

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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Trabalhadores informais 01 - Vendedora de amendoim

Continuando com o projeto "Uma vaga idéia na cabeça e uma câmera barata na mão", vou postar uma foto da outra linha que eu gostaria de clicar pelas ruas da cidade: "Trabalhadores informais".

Quero fotografar estas pessoas que fazem parte do cenário que compõe o meu cotidiano. Tenho alguns deles mapeados e admiro o grande esforço deles para sobreviver. Trabalham nas ruas, debaixo de sol e chuva, em dias frios e dias quentes.

Provavelmente vivem apenas o presente porque este tipo de atividade dá pouca margem para sonhar com o futuro. Trabalham como formigas, mas devem viver com as incertezas da cigarra.

Trabalhadores informais

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Vendedora de amendoim - Av. Radial Leste - São Paulo/SP

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Uma vaga idéia na cabeça e uma câmera barata nas mãos

Fiquei um tempo tentando fotografar pelas ruas de São Paulo com uma câmera com mais recursos mais muito "trambolhosa". Percebi que ficar carregando uma câmera grande, dentro de uma mala, era impraticável para um amador como eu.

Resolvi partir para o caminho oposto: comprar a câmera mais simples e mais barata possível. Desta forma eu poderia sair andando pela cidade, fotografar discretamente e sem medo de perder ou quebrar o equipamento.

Aqui estão os primeiros resultados de uma das idéias que eu tinha: fotografar fragmentos da cidade. Este muro grafitado fica no caminho do trabalho e sempre me anima as manhãs. Tem um tema meio retrô, com carros da década de 1920/30, homens de chapéu e mulheres muito elegantes. Preciso separar um tempinho e tentar fotografar com mais capricho.

Fragmentos de São Paulo

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Grafite localizado na Av. Morumbi - São Paulo - SP

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sem tempo para postar

Esta semana a coisa está complicada. Não estou conseguindo o tempo adequado para escrever, mas vou deixar uma foto que eu tirei em 2007.

Gosto da simpatia desta imagem, independente da religião. Me faz ter certeza de que dias melhores virão.

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