Eu trabalho em um bairro de São Paulo chamado Brooklin. Neste região costumo pagar entre R$ 3,50 e R$ 4,50 por um salgadinho do tipo coxinha ou esfiha.
Outro dia eu estava em um bairro do extremo leste da cidade. Eu sabia que o custo de vida muda de bairro para bairro, mas não sabia que era nesta intensidade.
Como estava com fome, procurei uma padaria para comer alguma coisa. Olhei a vitrine e perguntei os preços, me surpreendendo que uma bauruzinho custava R$ 1,50. Para quem não conhece, este salgadinho é uma espécie de pãozinho enrolado com fatias de presunto e queijo.
Pedi o dito cujo e um refrigerante, acreditando estar fazendo um negócio da china. Dei a primeira mordida e fiquei satisfeito. A massa até que estava bem assada e os frios não estavam estragados.
Quando dei a segunda mordida percebi que havia feito um péssimo negócio. O salgadinho era uma enganação. Não existiam fatias de presunto e queijo, mas sim tiras que ficavam apenas nas bordas para dar a impressão de ser bem recheado.
O cozinheiro que monta o salgadinho deve ter uma paciência incrível. Ele corta a fatia de presunto e queijo em tiras e as coloca na borda da massa.
Depois de enrolado, parece que o pãozinho enrolado está recheado com fatias de presunto e queijo, mas é pura ilusão. Na realidade, ficamos comendo apenas massa.
Conclusão: não existe negócios milagrosos. Se estiver muito barato, desconfie.