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segunda-feira, 21 de julho de 2008

O sonho brasileiro

Eu estava pensando em escrever um roteiro para enviar a Hollywood. Seria mais uma história sobre trabalho, determinação e, finalmente, o sucesso.

O meu personagem não começaria tão por baixo, mas seria um representante da classe média alta baiana. Com dezessete anos já tinha iniciado sua vida empresarial e também transitava pelo mundo do mercado de ações.

Continuou sua vida de empreendedor, formando-se em engenharia. Depois engatou uma pós no renomado MIT (Massachusetts Institute of Technology) e iniciou uma longa convivência com personagens poderosos do mundo econômico, financeiro e político do Brasil.

Com um patrimônio pessoal de trezentos milhões de reais, seu nome entraria pela porta da frente na história empresarial brasileira, participando de grandes negociações no mundo das telecomunicações, reforçando a sua imagem de empresário moderno e de sucesso.

Uma pena para o Brasil descobrir que o final não foi tão bonito. Esta história culmina com outro recorde, o de ser preso duas vezes em menos de 48 horas. Descobrimos que seu sucesso foi construído através de amizades perigosas e corrupção. O nome deste personagem é Daniel Dantas.

Mais uma vez descobrimos que o "sonho brasileiro" nunca é construído apenas pelo trabalho, perseverança e honestidade. Fica a impressão de que o sucesso só vem com falcatruas e corrupção.

No Brasil, o sucesso honesto só existe para jogadores de futebol, dançarinas de rebolados e outros artistas?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Protógenes, satiagraha e outras confusões

Não sei se isto está acontecendo apenas comigo, mas estou começando a sentir dor de cabeça ao tentar entender o que anda acontecendo no cenário político-empresarial-policial do Brasil.

Os nomes do delegado chefe e da operação já não facilitam a nossa memória e acompanhar os lances desta história está apresentando dificuldades ainda maiores.

Presidente do STF ameaçado de impeachement, delegado da PF abrindo mão de encabeçar uma das mais importantes investigações já realizadas sobre crimes de colarinho branco para fazer "cursinho de aperfeiçoamento" e outros acontecimentos difíceis de entender.

Pena que não temos grandes roteiristas e cineastas especializados em filmes de conspiração porque estamos vamos ter chances de deixar os filmes sobre conspirações americanas no chinelo. Tem gente dizendo que o delegado Protógenes chegou muito perto do Palácio do Planalto.

Pena que isto está com pinta de terminar como aquele filme infantil: "A história sem fim".