quarta-feira, 29 de julho de 2015

Máquina de escrever Olivetti Lettera 32

Esta jornada pela caligrafia, tipografia e canetas tinteiros está me levando a lugares totalmente inesperados como esculpir canetas em pedaços de bambu, estudar a evolução da escrita, dos alfabetos e dos suportes a escrita como paredes de cavernas, placas de argila, pedaços de couro, papiro e chegando no papel moderno.

Nesta semana consegui uma antiga máquina de escrever Olivetti Lettera 32, também conhecida como Underwood em alguns países, e fabricada entre 1963 e 1977. Este exemplar pertenceu a família da minha esposa e foi utilizada para trabalhos escolares de toda a família. A sua cor verde é muito bonita, apresentando um tom bem característico da época.



Olivetti Lettera 32 typewriter - Máquina de escrver Olivetti Lettera 32
Olivetti Lettera 32

A minha surpresa é que foi só tirar da maleta, lubrificar alguns pontos móveis que estavam travados pelo tempo e já pude desfrutar a sensação de encarnar Jack Kerouac datilografando o lendário livro Pé na Estrada (On the road).

Ao longo desta jornada descobri que, diferente da perfeição dos textos produzidos em computadores, existe um beleza primitiva nas escritas feitas mão e em máquinas de escrever. Esta beleza vem da imperfeição nos formatos das letras, seus borrões e, no caso das máquinas de escrever, o desalinhamento e as diferenças de cores proporcionadas pelas mudanças de força ao pressionar a teclas. Mesmo que o texto seja o mesmo, cada cópia datilografada é diferente e única, apresentando a personalidade da pessoa que o produziu e da máquina utilizada.

Olivetti Lettera 32 writing sample - Amostra da escrita da Olivetti Lettera 32
Amostra da escrita da Olivetti Lettera 32 e a personalidade das imperfeições

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Aprendendo letras góticas

Estava passeando com a minha família na Livraria Cultura e me alertaram sobre este livro na prateleira. Peguei um exemplar, fiz um passeio pelas páginas e não resisti. Levei para casa e corri para pegar algumas varetas de bambu que mantinha guardado justamente para este tipo de escrita.

O livro é bem didático e tem tem instruções de como devemos cortar o cálamo, uma planta parecida com o bambu, para construir o instrumento de escrita.

O livro a Arte da Caligrafia e minha tentativa de escrever com letras góticas
O livro A ARTE DA CALIGRAFIA e minhas experiências com letras góticas

Além de proporcionar o aprendizado da escrita, o livro apresenta ilustrações bem interessantes de livros e textos antigos, contextualizando os alfabetos apresentados no período histórico de suas origens.

Minha escrita gótica
O resultado da minha tentativa e os instrumentos de escrita feitas a mão com bambu

Outro aspecto positivo do livro é apresentar uma espécie de mapa com todos os alfabetos mostrados no livro, separados pelas famílias (gótico, itálico, copperplate, etc), proporcionando uma visão geral e permitindo análises para realizar composições com alfabetos diferentes em um mesmo trabalho.

Dados do livro: 

A ARTE DA CALIGRAFIA
 
    Autor:  HARRIS, DAVID 
    Tradutor: VIDIGAL, MARIA ISABEL 
    Revisor: BRANCO, ANDREA 
    Origem:  NACIONAL

    Editora:  AMBIENTES E COSTUMES 
    Idioma:  PORTUGUÊS 
    Edição:  2 
    Ano:  2013 
    País de Produção: BRASIL 
    Código de Barras:  9788561749026 
    ISBN:  8561749024 
    Nº de Páginas:  128